Vacinas Importantes para a Mulher
O Brasil tem um dos programas vacinais mais abrangentes e completos do mundo. Dados mais recentes mostram cerca de 67 milhões de pessoas vacinadas, em todas as faixas etárias, sejam adultos, crianças ou gestantes, além dos chamados grupos especiais.
Atualmente o Sistema Único de Saúde oferece diversos tipos de vacinas, atendendo as recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. Outras vacinas, ainda não incorporadas ao SUS, também estão
disponíveis no Brasil, no sistema privado.
É comum que não haja preocupação entre as mulheres adultas com a vacinação, tanto por preocupações relacionadas com a segurança desta intervenção, quanto por pensarmos somente nas vacinações dos nossos filhos. As vacinas existentes são totalmente seguras, e cabe a nós, médicos, também educarmos os adultos da necessidade de se manter o calendário vacinal em dia. No caso das mulheres, geralmente a ação educativa ficará a cargo d@ ginecologista, ajudando assim a mulher numa rotina saudável, e se for de desejo, cuidados perinatais de menor risco também.
Nas mulheres, o período da gravidez merece atenção especial, pois a transmissão perinatal pode representar uma via de transmissão importante para algumas doenças, podendo causar sequelas e até mesmo óbito neonatal. Muitas destas condições são passíveis de prevenção através da imunização prévia, protegendo mãe e bebê. Além da proteção da transferência de anticorpos via placentária, também pode conferir proteção através da amamentação, posteriormente.
Confiram algumas vacinas dicas que devemos estar atentas:
- HPV: na rede pública, está disponível para meninas dos 9 aos 14 anos, em duas doses com intervalo de 6 meses. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Imunizações recomendam a vacinação dos 9 aos 45 anos e a critério médico mesmo fora desta faixa etária. O SUS também realiza a vacinação até os 26 anos em pacientes HIV +, transplantados de órgaõs sólidos e de medula óssea, e em pacientes oncológicos, mediante prescrição médica.
A partir dos 10 anos de idade, dependendo do histórico vacinal anterior, pode haver necessidade também:
- Meningogócica C (protege contra a meningite e suas complicações), indicada dos 11 aos 14 anos.
- Hepatite B: indicada se esquema vacinal desconhecido ou incompleto, inclusive na gestação.
- Febre Amarela: em dose única, se não foi vacinada.
- Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba e Rubéola): principalmente se esquema incompleto na infância.
- Dupla Adulto (Difteria e Tétano): reforço a cada 10 anos, inclusive na gestação.
Todas as mulheres entre 20 e 59 anos, devem estar atentas as vacinas de Hepatite B, febre amarela, dupla adulto e tríplice viral.
Após 60 anos:
- Influenza (gripe): no período de campanha anual de vacinação. Gestantes, pacientes oncológicas (desde que autorizadas pel@ médic@) e aquelas que estão em grupos especiais também devem receber esta vacina.
- Atentar também para as vacinas que falei no grupo dos 20 aos 59 anos.
Confiram também o calendário vacinal para 2020, conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (exceto para gestantes):
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